A saúde do solo é a base da produtividade agrícola. Entre os fatores que a determinam, destaca-se o equilíbrio nutricional. Ainda que os macronutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio sejam amplamente discutidos, os micronutrientes, mesmo presentes em pequenas quantidades, são indispensáveis para o desenvolvimento vegetal e, consequentemente, para o sucesso da lavoura.
Sendo assim, neste post, vamos aprofundar a compreensão sobre a deficiência de micronutrientes no solo, abordando como identificá-la, como corrigi-la e como prevenir esse problema. Acompanhe.
O que são micronutrientes?
Em primeiro lugar, é importante entendermos o conceito de micronutrientes. Eles são elementos essenciais às plantas, exigidos em quantidades muito menores do que os macronutrientes, mas com papéis igualmente críticos. Segundo a Instrução Normativa n° 39/2018 do MAPA, são considerados micronutrientes:
- Boro (B)
- Cloro (Cl)
- Cobalto (Co)
- Cobre (Cu)
- Ferro (Fe)
- Manganês (Mn)
- Molibdênio (Mo)
- Níquel (Ni)
- Selênio (Se)
- Silício (Si)
- Zinco (Zn)
Assim sendo, a deficiência de qualquer um desses elementos pode comprometer significativamente o desempenho da planta em diferentes estágios do ciclo produtivo.
Sinais de deficiência dos micronutrientes no solo
A fim de facilitar o reconhecimento da deficiência de micronutrientes no solo, é fundamental conhecer os principais sintomas relacionados a cada elemento.
Boro (B)
- Crescimento atrofiado de meristemas
- Deformações em frutos e raízes
- Morte da gema apical
Cloro (Cl)
- Murcha foliar
- Clorose em margens de folhas
- Redução no crescimento radicular
Cobalto (Co)
- Clorose em leguminosas
- Redução na nodulação
- Deficiência indireta de nitrogênio (Co é essencial à fixação biológica)
Cobre (Cu)
- Murcha da ponta das folhas
- Coloração azul-esverdeada
- Redução da fertilidade
Ferro (Fe)
- Clorose internerval em folhas jovens
- Retardo no crescimento
- Coloração amarelo-pálida
Manganês (Mn)
- Clorose internerval (semelhante ao Fe)
- Pontuações necróticas
- Redução da fotossíntese
Molibdênio (Mo)
- Clorose generalizada
- Redução na assimilação de nitrogênio
- Deformações em folhas novas
Níquel (Ni)
- Acúmulo de ureia em folhas
- Pontas necrosadas
- Clorose marginal
Selênio (Se)
- Crescimento retardado
- Diminuição na germinação
- Interferência na resistência ao estresse oxidativo
Silício (Si)
- Tecidos vegetais frágeis
- Maior suscetibilidade a pragas
- Dificuldade na sustentação da planta
Zinco (Zn)
- Redução no tamanho das folhas
- Entrenós encurtados
- Clorose em folhas jovens
Por mais que os sintomas visuais sejam indicativos, ainda assim, é essencial confirmar a deficiência com análises laboratoriais.
Diagnóstico preciso: como saber o que está faltando?
A menos que se realize um diagnóstico técnico, é fácil confundir deficiências nutricionais com doenças ou estresses abióticos. Por isso, as análises laboratoriais são imprescindíveis.
Análise de solo
Em primeiro lugar, a análise de solo fornece dados sobre a disponibilidade de nutrientes e outros parâmetros como pH, matéria orgânica e textura. Essas informações ajudam a identificar tanto as deficiências quanto os fatores que podem inibir a absorção.
Análise foliar
Em segundo lugar, a análise de tecidos vegetais revela o real estado nutricional da planta. Dessa forma, é possível avaliar se o nutriente está sendo absorvido ou se há algum bloqueio na sua assimilação.
Sendo assim, ambas as análises devem ser interpretadas por profissionais capacitados e realizadas com amostras representativas da área de cultivo.
Fatores que causam deficiência de micronutrientes
A fim de corrigir e prevenir deficiências, é fundamental entender suas causas. As mais comuns são:
- pH do solo elevado: reduz a solubilidade de ferro, zinco, cobre e manganês
- Solos arenosos: têm baixa capacidade de retenção de nutrientes
- Baixo teor de matéria orgânica: reduz a reserva natural de micronutrientes
- Desequilíbrio entre nutrientes: excesso de fósforo, por exemplo, pode inibir a absorção de zinco
- Intensificação do cultivo: sem reposição adequada, ocorre esgotamento do solo
Por outro lado, práticas como uso excessivo de corretivos e ausência de rotação de culturas também contribuem para o desequilíbrio nutricional.
Como corrigir a deficiência de micronutrientes no solo?
Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a correção da deficiência deve ser feita de forma estratégica, com base no diagnóstico e nas necessidades específicas de cada cultura e tipo de solo.
Aplicação de fertilizantes com micronutrientes
O uso de fertilizantes específicos é o método mais direto. Eles podem ser aplicados:
- Via solo: com formulações sólidas ou líquidas
- Via foliar: em situações emergenciais ou para rápida absorção
- Por fertirrigação: ideal em sistemas irrigados
Correção do pH
A calagem é fundamental quando o solo apresenta acidez elevada. No entanto, deve ser feita com critério, uma vez que o excesso pode diminuir a disponibilidade de certos micronutrientes.
Adição de matéria orgânica
Além disso, a aplicação de esterco, compostos orgânicos ou resíduos vegetais aumenta a atividade microbiana e a capacidade de retenção de nutrientes, promovendo a disponibilidade de micronutrientes.
Rotação de culturas
A alternância entre diferentes culturas contribui para o equilíbrio do solo, reduzindo a extração contínua dos mesmos nutrientes.
Micronutrientes menos discutidos, mas essenciais
Embora elementos como ferro, zinco e manganês sejam amplamente conhecidos, outros micronutrientes regulamentados pelo MAPA também merecem atenção:
Selênio (Se)
Atua na proteção contra estresses oxidativos e pode melhorar a resistência ao estresse hídrico. Sua aplicação é estudada principalmente em hortaliças e gramíneas.
Silício (Si)
Fortalece os tecidos vegetais, atuando como uma barreira contra pragas e doenças. Também melhora a tolerância a seca e salinidade.
Cobalto (Co)
Essencial para leguminosas, estimula a atividade das bactérias fixadoras de nitrogênio. Sua deficiência compromete a nodulação e a fixação simbiótica.
Níquel (Ni)
Necessário para a ativação da urease, enzima essencial ao metabolismo do nitrogênio. Sua carência leva ao acúmulo de uréia nas folhas.
Assim como os demais, esses nutrientes devem ser incluídos nos programas de adubação sempre que suas concentrações estiverem abaixo dos níveis ideais.
MG25: uma solução eficaz da Mg Agro
Entre os micronutrientes essenciais para a nutrição vegetal, o magnésio tem papel crucial. Embora classificado como um macronutriente secundário, sua deficiência está intimamente ligada à absorção de outros elementos, como fósforo e potássio, além de impactar diretamente a fotossíntese, já que é o átomo central da clorofila.
Pensando em facilitar a reposição desse nutriente, a Mg Agro desenvolveu o MG25, um fertilizante mineral simples à base de carbonato de magnésio. Essa solução apresenta:
- Ação imediata com liberação gradual, atendendo às exigências da planta ao longo do ciclo
- Alta pureza, sem aditivos químicos
- Certificação do IBD como insumo aprovado para agricultura orgânica
- Eficiência comprovada em diversos tipos de solo
Além disso, o MG25 integra o portfólio da Mg Agro, uma empresa 100% brasileira, reconhecida por sua inovação, tecnologia de ponta e foco em soluções personalizadas para o campo. Desde a seleção de matérias-primas até a entrega final, a empresa atua com rigor técnico e responsabilidade ambiental, sempre ao lado do produtor.
Ou seja, contar com o MG25 é apostar em resultados reais, com respaldo técnico e garantia de qualidade.
Cuidar da deficiência de micronutrientes no solo não é apenas uma ação corretiva, mas uma estratégia essencial para garantir lavouras mais saudáveis, produtivas e sustentáveis.
Com um bom planejamento nutricional, apoio técnico e o uso de soluções como o MG25, o produtor rural tem em mãos as ferramentas necessárias para transformar o solo em um aliado poderoso na busca por resultados consistentes, safra após safra.
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